terça-feira, 20 de agosto de 2013

Osho- Felicidade, Uma Decisão Sua



Todo o amor do mundo pode ser dado a você, mas, se você decidir ser infeliz, permanecerá infeliz. E você pode ser feliz, imensamente feliz, por absolutamente nenhuma razão - porque a felicidade e a infelicidade são decisões suas. Leva muito tempo para perceber que a felicidade e a infelicidade dependem de você, porque é muito confortável para o ego achar que os outros estão fazendo você infeliz. O ego insiste em dar condições impossíveis, e ele diz que primeiro essas condições precisam ser satisfeitas e somente então você poderá ser feliz. Ele pergunta como você pode ser feliz em um mundo tão feio, com pessoas tão feias, em uma situação tão feia. Se você observar corretamente, rirá de si mesmo.  É ridículo, simplesmente ridículo. O que você está fazendo é absurdo.  Ninguém está nos forçando a fazer isso, mas insistimos em fazê-lo - e gritamos por socorro.  E você pode simplesmente sair disso; trata-se de seu próprio jogo - ficar infeliz e depois pedir simpatia e amor. Se você estiver feliz, o amor fluirá em sua direção... não há necessidade de pedi-lo.  Essa é uma das leis básicas.  Exatamente como a água flui para baixo e o fogo flui para cima, o amor flui em direção à felicidade.

                                                                               'Osho- Above All Don´t Wobble, #20" 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Osho- Tudo é Divino


O ego desaparece muitas vezes, na vida comum ele também desaparece muitas vezes, mas as pessoas não sabem como manter aqueles momentos de pureza intactos, sem serem poluídos pelo ego, o qual logo em seguida entra em ação; ele está de prontidão para entrar. Isto nada tem a ver com meditação enquanto tal. A meditação é apenas uma das maneiras para torná-lo disponível, para ajudá-lo a se tornar passivo, receptivo e feminino. Mas isto acontece; apenas por ver um pássaro voando, isto pode acontecer. O primeiro samadhi de Ramakrishna aconteceu desse jeito. Ele tinha apenas 13 anos de idade. Ele estava voltando para casa, vindo da fazenda, e passava pelo lago do vilarejo quando alguns cisnes de repente levantaram vôo. O céu estava escuro, cheio de nuvens carregadas. Em contraste com o fundo daquelas nuvens escuras, os cisnes brancos reluziam como relâmpagos. O momento era tão puro, a beleza era tão completa que Ramakrishna curvou-se ali mesmo no chão em grande prece. Ele foi golpeado por Deus. Ele permaneceu inconsciente por algumas horas. Alguém o descobriu e as pessoas carregaram-no para casa. Aquele foi o seu o seu primeiro samadhi. Quando ele abriu seus olhos, depois de algumas horas, ele era um homem totalmente diferente. Aqueles olhos não eram mais os antigos; eles tinham um novo brilho. Seu rosto não era mais o antigo; ele tinha uma nova glória. O garoto estava transformado. As pessoas começaram a venerar o garoto; elas vinham de longe, dos mais variados lugares, apenas para ver o que tinha acontecido. Alguma coisa divina o havia penetrado. E ele não estava fazendo coisa alguma. Ele simplesmente estava passando pelo lago, mas ele nunca permitia que seu ego tomasse posse dele. Quando as pessoas perguntavam ‘O que você fez?’ ele respondia, ‘Eu nada fiz, aconteceu.’ Ele nunca ficou ganancioso para que aquilo acontecesse de novo; caso contrário, ele teria perdido o ponto. E aquilo começou a acontecer repetidas vezes; mesmo devido a coisas pequenas aquilo começava a se desencadear.Você não consegue encontrar cisnes voando no meio de nuvens escuras todos os dias. Mas aquilo não era o ponto; aquilo apenas desencadeou. E depois, qualquer coisa pequena... Alguém estava sorrindo e acontecia. Uma flor na beira do caminho, se Ramakrishna a visse, ele entrava em êxtase e já não estava mais ali. Ou alguém dizia alguma coisa... bastava o som. Alguém estava repetindo um mantra... bastava o som. Ou alguém tocando uma veena... bastava o som, e ele entrava em êxtase. Mais tarde isto se tornou difícil para seus discípulos; levá-lo a qualquer lugar era um problema. Na estrada, caminhando, de repente ele já tinha ido, ele desaparecia. Em qualquer lugar que ele fosse, qualquer coisa... Na verdade, lentamente, lentamente, tudo é divino; lentamente, lentamente, qualquer coisa... Isto deve ter acontecido com Basho, o poeta e místico Zen.

O antigo lago

Um sapo salta

Plop!

Basho deve ter entrado em um profundo êxtase – apenas o ‘plop’, o som do sapo saltando no antigo lago, era suficiente, mais do que suficiente, e a porta se abria. Ela se abre para você também – Deus é generoso – mas você perde o ponto, porque você o interpreta erroneamente. Algumas vezes acontece quando você está fazendo amor, mais freqüentemente quando você faz amor, porque esta é a sua experiência mais profunda. Ramaskrishna deve ter sido uma alma muito estética, caso contrário, quem entraria em tamanho orgasmo por ver alguns cisnes voando ao encontro das nuvens negras? Ele deve ter sido de uma imensa sensibilidade estética. Aquilo era o suficiente para ele entrar em estado orgástico.


                                                                          'Osho- The Sun Rises in The Evening' 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Osho- Você é Uma Obra de Arte


Nunca existiu uma pessoa como você antes, não existe ninguém
neste mundo como você agora e nem nunca existirá.
Veja só o respeito que a vida tem por você.
Você é uma obra de arte — impossível de repetir,
incomparável, absolutamente única.

Osho- Sucesso ou Fracasso




Não fique preocupado com críticas e não se interesse por elogios. Se você estiver interessado em ser elogiado pelos outros, então você não poderá ficar sem se importar com as críticas. Permaneça à distância. Elogio ou crítica , é a mesma coisa. Sucesso ou fracasso, é a mesma coisa.



Conto Zen- O Vaso Rachado


 Uma chinesa idosa tinha dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas. Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Todos os dias ela ia ao rio buscar água, e ao fim da longa caminhada do rio até casa o vaso perfeito chegava sempre cheio de água, enquanto o rachado chegava meio vazio. Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora chegando a casa somente com um vaso e meio de água. Naturalmente o vaso perfeito tinha muito orgulho do seu próprio resultado – e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer. Ao fim de dois anos, refletindo sobre a sua própria amarga derrota de ser ‘rachado’, durante o caminho para o rio o vaso rachado disse à velha: ‘Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até à sua casa…’ A velhinha sorriu: … ‘Reparaste que lindas flores há no teu lado do caminho, somente no teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto voltávamos do rio, tu regava-las. Foi assim que durante dois anos pude apanhar belas flores para enfeitar a mesa e alegrar o meu jantar. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa!Cada um de nós tem o seu defeito próprio: mas é o defeito que cada um de nós tem, que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante.



terça-feira, 13 de agosto de 2013

Conto Zen- Apego



Um dia morreu o guardião de um mosteiro Zen. Para descobrir quem seria a nova sentinela, o mestre convocou os discípulos e disse:- O primeiro que conseguir resolver o problema que eu vou apresentar assumirá o posto. Então numa mesa que estava no centro a sala colocou um vaso de porcelana muito raro, com uma rosa amarela de extraordinária beleza. E disse apenas: - Aqui está o problema! Todos ficaram olhando a cena: o vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro! O que representaria? O que fazer? Qual o enigma? De repente um dos discípulos saca da espada, olha para o mestre, dirigi-se para o centro da sala e... Zazzz! Com um só golpe destruiu tudo.  - Você é o novo guardião. Não importa que o problema seja algo lindíssimo. Se for um problema, precisa ser eliminado.

Osho- Inocência. Ser Comum.

osho Pictures, Images and Photos 

O desejo natural da mente humana é tornar-se especial tornar-se especial à maneira do
mundo — ter muitos diplomas, ter poder político, ter dinheiro, bens — ser especial. A mente está sempre pronta para entrar em qualquer viagem do ego. E se você se cansa do mundo, então outra vez o ego começa a descobrir novos caminhos e novos meios de se engrandecer — torna-se espiritual. Você se torna um grande Mahatma a, um grande sábio, um grande estudioso, um homem de conhecimento, um homem de renúncia; de novo torna-se especial.
A menos que desapareça o desejo de ser especial, você nunca será especial. A menos que
você relaxe no seu ser comum, você nunca relaxará.
A pessoa realmente espiritual é aquela que é absolutamente comum. Kabir é bastante
normal. Você não seria capaz de distingui-lo no meio de uma multidão. O que é especial nele não é exterior. Você não o encontra apenas olhando seu rosto. É difícil. Buda era especial, era um homem muito bonito, uma personalidade carismática. Jesus é muito especial com o palpitar da rebeldia, da revolução. Mas Kabir... Kabir é absolutamente comum, uma pessoa normal.
Lembre-se, quando eu digo normal, não estou me referindo à média. A média não é o
normal. É apenas 'normalmente' anormal; uma pessoa é 'tão louca' quanto todas as outras. Na
verdade, não existem pessoas normais no mundo.


Ouvi contar:
Um famoso psiquiatra, que dirigia um curso de psicopatologia na universidade, foi
arguido por um aluno: «Doutor, você nos falou sobre a pessoa anormal e o seu comportamento, mas e as pessoas normais?»
O doutor ficou um pouco confuso, e então disse:
«Em toda a minha vida nunca encontrei uma pessoa normal. Mas se a encontrarmos, nós a
curaremos!»


Kabir é, realmente, essa pessoa normal que você nunca encontra na vida; sem nenhum
desejo de ser especial. Quando ele se tornou iluminado, também continuou na sua vida comum. Era um tecelão e continuou a tecer.
Seus discípulos começaram a crescer em número — centenas, depois milhares, e então
vieram muitos outros milhares. E sempre pediam que ele parasse de tecer roupas — "Não há
necessidade. Tomaremos conta de você." Mas ele ria e dizia: "É melhor continuar assim como Deus quer. Não tenho desejo de fazer qualquer outra coisa. Deixem-me ser o que sou, o que Deus quer que eu seja. Ele quer que eu seja um tecelão, é por isso que sou. Nasci como tecelão e assim morrerei".
E continuou do seu jeito comum. Ia ao mercado vender seus artigos. Tirava água do poço.
Vivia de maneira muito, muito comum. Esta é uma das coisas mais importantes a serem entendidas.
Ele jamais proclamou ser um homem de conhecimento — , porque nenhum homem de
conhecimento faz isso. Saber é saber que conhecer não é saber, e que não conhecer é saber. Um verdadeiro homem de compreensão sabe que não conhece nada. Sua ignorância é profunda.
E dessa ignorância surge a inocência. Quando você conhece, fica esperto e ladino. Quando
você conhece, perde a inocência da infância.
Kabir diz que é ignorante, que não conhece nada. E isto deve ser entendido, porque
fornecerá as bases para sua mente compreender sua poesia. De onde vem essa poesia? Está vindo da sua inocência, florescendo da sua inocência. Ele diz que não sabe nada.
Você já observou que na vida nós estamos sempre proclamando que sabemos, mas não
sabemos? O que você sabe? Alguma vez já soube alguma coisa? Se eu perguntar por que as árvores são verdes, você saberá responder? Sim, a melhor resposta que ouvi foi a de D. H. Lawrence. Uma criança passeava com ele pelo jardim e perguntou-lhe — como as crianças gostam de perguntar — Por que as árvores são verdes?" D. H. Lawrence olhou para ela, olhou nos olhos da criança e disse:
"São verdes por que são". Esta é a resposta mais verdadeira jamais dada. O que mais se pode dizer?
Tudo o que se disser será tolice; não fará nenhum sentido. Você pode dizer que as árvores são verdes porque possuem clorofila. Mas por que a clorofila é verde? A questão continua a mesma. Eu faço uma pergunta, você me dá uma resposta, mas a questão não está realmente respondida.
Você viveu com uma mulher durante trinta anos, chama-a de sua esposa, ou viveu com
um homem durante cinquenta anos: você conhece a mulher ou o homem? Uma criança nasce de você; você a conhece? Olhou dentro dos seus olhos? Pode dizer que a conhece? O que você conhece? Conhece um pedaço de pedra? Sim, os cientistas darão muitas explicações, mas elas não se tornarão conhecimento. Dirão que são eléctrons, protões e neutrões. Mas o que é um eléctron?
Eles sacudirão os ombros e dirão: "Não sabemos". Dirão: "Ainda não sabemos", na esperança de que um dia poderão saber. Não, eles nunca saberão porque primeiro disseram: "A pedra é feita de átomos", e quando lhes perguntaram o que são átomos, disseram: "Ainda não sabemos". Depois disseram: "O átomo consiste de eléctrons". Agora perguntamos o que são eléctrons e eles dizem:
"Ainda não sabemos". Algum dia dirão que o eléctron consiste disto e daquilo, de X, Y e Z; mas isso não faz nenhuma diferença. No final permanece o mistério.
Se o essencial é um mistério, então a vida se torna um milagre. Se o essencial não é
conhecido, então surge a poesia. Se o essencial é conhecido — ou você pensa que é — então surge a filosofia. Esta é a diferença entre filosofia e poesia.
E o enfoque de Kabir é o de um poeta, de um amante, de quem está absolutamente
maravilhado com tudo. Sem saber, ele canta uma canção. Sem saber, faz uma prece. Sem saber, ele reverencia. O enfoque de um poeta não está na explicação, está na exclamação. Ele diz: "Aha, Aha! Aqui está o mistério!"
E sempre que você encontrar o mistério, ali estará Deus.
Quanto mais você conhecer, menos terá consciência de Deus: quanto menos conhecer,
mais próximo Deus estará de você. Se você não conhecer nada, se você puder dizer com absoluta confiança: "Eu não sei", se este "não sei" vier do centro mais profundo do seu ser, então Deus estará lá, no próprio pulsar do seu coração. Então a poesia surgirá e você se apaixonará pelo tremendo mistério que o circunda.
Este amor é religião. A religião não requer nenhuma explicação. A religião não está à
procura de explicações. Pelo contrário, é uma busca do amor, uma jornada infinita para dentro do amor.
                                                                                        'Osho- Extâse a Linguagem Esquecida'