sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Ver Vídeos Legendados


Os vídeos discursivos postados no blog têm todos legendas em português, para activá-las clique sobre o vídeo que deseja ver, até abrir a sua página original no youtube. De seguida, na mesma linha onde tem o botão de 'play' e o controlo do volume do áudio, aparece, perto do ícone de selecção da qualidade do vídeo (ex: 360p), um outro botão com as iniciais 'CC', carregue aí e seleccione, dentro das legendas disponivéis, aquela que lhe interessa.


PS: Isto aplica-se a todos os vídeos do youtube se bem que muitos ainda não têm legendas em Português, ou nenhuma outra, daí não aparecer este botão.

  

David Lanz- Nightfall


 

domingo, 5 de dezembro de 2010

Osho- A Tristeza tem a sua própria Beleza



Não se identifique com a tristeza. Torne-se uma testemunha e goze o momento de tristeza, porque a tristeza tem sua própria beleza. Você jamais a observa. Você se torna tão identificado, que nunca penetra na beleza de um momento triste. Se você observar, ficará surpreso pelos tesouros que esteve perdendo. Olhe quando está feliz, você nunca é tão profundo como quando está triste. A tristeza tem uma profundidade que lhe é própria. Observe as pessoas as pessoas felizes. As assim chamadas pessoas felizes, os playboys e as playgirls – você os encontrará em clubes, hotéis, teatros – estão sempre sorrindo e borbulhando de alegria. Você sempre os encontrará pouco profundos, superficiais. Essas pessoas não têm nenhuma profundidade. A felicidade é como as ondas da superfície – você vive superficial. Mas a tristeza tem uma profundidade. Quando você está triste, não é como as ondas na superfície; é como a própria profundeza do Oceano Pacífico – quilômetros de profundidade. Mova-se para as profundezas, observe-as. A felicidade é como a luz, a tristeza é como a escuridão. A luz vem e se vai, a escuridão permanece – é eterna. A luz surge algumas vezes, a escuridão está sempre presente. Se você penetrar na tristeza, sentirá todas essas coisas. De repente, vai perceber que a tristeza existe como um objeto, você está observando e
testemunhando e, repentinamente, começa a se sentir feliz. Uma tristeza tão linda! – uma flor da escuridão, uma eterna flor de profundidade. Como um abismo que não tem fundo, tão silencioso, tão musical – não há o menor ruído, a menor perturbação. Podemos ir caindo e caindo nele, infinitamente, e podemos sair dele totalmente rejuvenescidos. É um repouso. Depende da atitude. Quando você fica triste, você acredita que alguma coisa ruim lhe aconteceu. Isso é uma interpretação que você faz de alguma coisa ruim que lhe aconteceu, e então você começa a tentar fugir disso de fato; você nunca medita sobre isso. Então você quer encontrar alguém, quer ir a uma festa, ao clube, ligar a TV ou o rádio, ou começa a ler o jornal –alguma coisa para que possa esquecer. Trata-se de uma atitude errada que foi dada a você – de que a tristeza é errada. Nada há de errada nela. É uma outra polaridade da vida. A alegria é um pólo, a tristeza outro. A felicidade é um pólo, a miséria, outro. Uma vida apenas de felicidade terá uma dimensão lateral, mas não terá uma profundidade. Uma vida apenas de
tristeza terá profundidade, mas não terá amplidão. A vida que contem ambas, tristeza e felicidade é multidimensional; move-se em todas as direções simultaneamente. Observe a estátua de Buda, ou algumas vezes olhe dentro dos meus olhos e você encontrará ambas juntas – uma beatitude, uma paz, e uma tristeza também. Você encontrará uma felicidade que contém tristeza dentro de si, porque essa tristeza lhe dá oportunidade. Observe a estátua de Buda –  feliz, mas ainda assim triste. A própria palavra triste lhe trás uma conotação errada. Trata-se de
interpretação sua. Para mim, a vida em sua totalidade é boa. E quando você compreende a vida em sua totalidade, só então você pode celebrar, de contrário não.


                                                                                                'Osho- Vida, Amor e Riso' 

Osho- Touro ou Boi?



Uma das coisas maias cruéis que se pode fazer ao homem é torna-lo triste e sério. Isso tem que ser feito, por que sem tornar o homem triste e sério, é impossível fazer dele um escravo – um escravo em todas as dimensões da escravidão: espiritualmente, um escravo em relação a algum deus fictício, a algum céu e inferno fictícios; psicologicamente, um escravo, porque a tristeza, a seriedade não são naturais... Elas têm que ser impostas à mente, e a mente se fragmenta, é despedaçada... um escravo fisicamente também, por que um homem que não pode rir, não pode ser realmente saudável e total. O riso não é unidimensional; ele tem todas as
três dimensões: quando você ri, seu corpo participa, sua mente participa, seu ser participa. No riso as distinções desaparecem, a divisão desaparece, a personalidade esquizofrênica desaparece. Mas isso era contra aqueles que queriam explorar o homem – os reis, os padres, os políticos calculistas. Todo o esforço deles era para tornar, de alguma maneira, o homem mais fraco, doente: torne o homem miserável e ele nunca se revoltará. Tirar o riso do homem é tira-lo a própria vida. Tirar o riso do homem é castração espiritual. Você já observou a diferença entre os bois e os touros? Eles nasceram iguais, mas os bois foram castrados. E, a menos que eles sejam castrados, você não poderá usa-los como escravos para carregar as suas cargas, para puxar as suas carroças. Você não pode colocar touros na frente de seu carro – o touro é
tão poderoso, que é impossível mantê-lo sob controle; ele tem uma individualidade própria. Mas o boi é um eco muito distante do seu ser real, apenas uma sombra. Você o destruiu. Para se criar escravos, o homem foi destruído da mesma maneira. O riso tem sido continuamente condenado como infantil, insano; no Maximo lhe é permitido sorrir. A diferença entre o sorriso e o riso é a mesma do touro para o boi. O sorriso é somente um exercício dos lábios, é somente um maneirismo. A gargalhada não conhece maneirismo algum, etiqueta alguma – ela é selvagem, e sua selvageria tem toda a beleza. Mas os poderes constituídos, quer de dinheiro, quer de religiões organizadas, ou dos governantes, todos estavam de acordo em um ponto: o homem tem que ser enfraquecido, tornar-se miserável, ser amedrontado – tem que ser forçado a viver numa espécie de paranóia. Só assim ele se ajoelhará diante de estátuas de madeira ou de pedra. Só assim ele estará pronto para servir qualquer pessoa que seja poderosa. A gargalhada traz sua energia de volta para você. Todas as fibras de seu ser se tornam vivas, e
todas as suas células começam a dançar. O maior pecado cometido na Terra é que o homem tem sido proibido de rir. As implicações são profundas, porque quando você é proibido de rir, certamente é proibido de ser alegre, é proibido de cantar uma canção de celebração, é proibido de dançar por pura alegria. Ao ser proibido do riso, tudo o que é bonito na vida, tudo
o que faz a vida bonita e digna de ser vivida e de ser amada, tudo o que da sentido a vida é destruído. É a estratégia mais feia usada contra o homem. A seriedade é um pecado. E lembre-se a seriedade não significa sinceridade – sinceridade é fenômeno completamente diferente. Um homem sério não pode rir, não pode dançar, não pode brincar. Ele está sempre se controlando; ele foi criado de tal maneira que se tornou um carcereiro de si mesmo. O homem sincero pode rir sinceramente, pode dançar sinceramente, pode alegrar-se sinceramente. Sinceridade nada tem a ver com serenidade. A serenidade é uma doença da alma, e somente almas doentes podem ser convertidas em escravos. E todos os poderes constituídos precisam de uma humanidade que não seja rebelde, que não esteja desejando muito, quase mendigando, seja escrava. Na realidade, somente as crianças são encontradas dando risadas e gargalhadas; e os adultos acham que, por elas serem crianças, ignorantes, podem ser perdoadas – elas são ainda tão incivilizadas, tão primitivas todo o esforço dos seus
pais, da sociedade, dos professores, dos padres é para descobrir como torna-las civilizadas? Como torna-las sérias? Como faze-las se comportarem como escravos, não como indivíduos independentes? Não se espera que você tenha suas próprias opiniões. Você tem simplesmente que ser um cristão ou um hindu ou um muçulmano. Você tem que ser um comunista ou fascista ou um socialista. Não se espera que você tenha suas próprias opiniões. Não se espera que você seja você mesmo. A você é permitido ser parte da multidão – e ser parte da multidão não é nada mais que se tornar um dente de uma engrenagem. Você terá cometido suicídio.


                                                                                                  'Osho- Vida, Amor e Riso'